Dois membros de uma congregação foram mortos e um pastor acabou levado por criminosos durante uma invasão armada a uma igreja em Eruku, no Estado de Kwara, na Nigéria, na noite de terça-feira (18). O ataque aconteceu por volta das 18h, enquanto a Igreja Apostólica de Cristo, no bairro Oke Isegun, realizava um culto, gerando desespero entre os presentes.
Criminosos entram atirando e fiéis correm para se proteger
De acordo com relatos, os invasores começaram a disparar assim que cruzaram a porta do templo. A transmissão ao vivo da celebração registrou o caos: crianças chorando, idosos procurando abrigo e pessoas se abaixando ou tentando fugir enquanto os homens armados caminhavam pelo salão recolhendo objetos pessoais.
A imprensa local informa que policiais e vigilantes se dirigiram rapidamente ao local após ouvirem os tiros, mas os agressores conseguiram escapar rumo a uma área de mata. Uma das vítimas, identificada como Aderemi, morreu dentro da igreja. A outra, chamada Tunde, foi encontrada sem vida em um ponto próximo dali. Um vigilante, Segun Alaja, ficou ferido e precisou ser hospitalizado.
A porta-voz da polícia de Kwara, SP Adetoun Ejire Adeyemi, declarou que as equipes seguem em busca dos envolvidos e que as operações não serão suspensas até que todos sejam encontrados. O comissário de polícia Adekimi Ojo reforçou que a resposta das forças de segurança foi imediata e que o efetivo permanece mobilizado na região.
Violência contra cristãos segue em crescimento
Relatórios recentes mostram que ataques contra comunidades cristãs têm aumentado no país. Em junho, mais de 100 pessoas foram mortas em Yelewata, e diferentes áreas do chamado Cinturão Médio continuam registrando sequestros e mortes. A Associação Cristã da Nigéria tem alertado para um padrão de violência recorrente, embora o governo federal rejeite que os casos tenham motivação religiosa.
Especialistas apontam que, apesar de cristãos figurarem entre as vítimas, muitos episódios estão relacionados ao avanço de grupos armados, disputas territoriais e crimes de sequestro para resgate. Mesmo assim, líderes religiosos afirmam que questões de fé também têm influenciado alguns ataques, em meio a um cenário de insegurança que afeta tanto cristãos quanto muçulmanos em diversas regiões do país.
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